“Junho Laranja”: professora da Florence alerta para diagnóstico precoce de anemia e leucemia

“Junho Laranja”: professora da Florence alerta para diagnóstico precoce de anemia e leucemia

A campanha é dedicada à conscientização sobre os cuidados com a saúde do sangue
Enfermagem | 09/06/2021
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O “Junho Laranja” é uma campanha dedicada à conscientização da população sobre a leucemia e a anemia, doenças ligadas diretamente ao sangue, que podem acometer crianças e adultos. A anemia é uma redução na quantidade de hemoglobina, uma proteína presente nas células vermelhas capaz de carregar o oxigênio pelo organismo, no sangue circulante. A leucemia, por sua vez, é um tipo de câncer que atinge os glóbulos brancos, liberando células doentes na corrente sanguínea.

Ao todo, são diagnosticados quase 11 mil novos casos de leucemia por ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). A doença se caracteriza pela quebra do equilíbrio da produção dos elementos do sangue, causada pela proliferação descontrolada dos glóbulos brancos que ocupam o espaço destinado à produção normal das células. Uma de suas consequências é a anemia, que também pode ser causada por outras situações. Ambas necessitam de tratamento e, por isso, a importância de diagnóstico precoce.

Leucemia: o câncer mais comum

“A leucemia é um câncer que acomete os glóbulos brancos. Esta célula sanguínea fica doente e atrapalha a produção das células sanguíneas saudáveis da medula óssea, com isso ocorre a diminuição do seu número normal de células sanguíneas. Os pacientes com esse tipo de doença possuem diminuição na capacidade de combater infecções”, explica Rosana Martins Coutinho, professora do curso de Enfermagem da Faculdade Florence.

A professora Rosana revela que, segundo o INCA, as leucemias, que são debatidas durante o “Junho Laranja”, podem ser classificadas de acordo com o tipo de glóbulo branco liberado na corrente sanguínea. Na leucemia aguda, a mais comum da infância, as células malignas se encontram numa fase muito imatura e se multiplicam rapidamente, causando uma doença rapidamente progressiva. Já nas leucemias crônicas, raras na infância, a transformação maligna ocorre em células-tronco mais maduras. Nesse caso, a doença costuma evoluir lentamente, com complicações que podem levar meses ou anos para ocorrer.

Os primeiros sintomas geralmente são inespecíficos e, na maioria das vezes, os pacientes não apresentam fatores de risco identificáveis. Segundo a professora Rosana, pela redução de glóbulos vermelhos, pode ocorrer a anemia e, com ela, vem o cansaço, aumento dos batimentos cardíacos, entre outros sintomas associados. “A redução das plaquetas ocasiona sangramentos, principalmente pela gengiva e pelo nariz (epistaxe), além de equimoses. Já a redução dos glóbulos brancos aumenta a taxa de infecções. Também pode haver um aumento dos gânglios linfáticos, fígado ou baço, perda de peso, febre e sudorese noturna”, detalha.

A professora Rosana comenta que, diante da suspeita de leucemia, é importante a consulta com um especialista, que irá solicitar os exames iniciais para avaliar a gravidade da doença e traçar a melhor conduta para o paciente. “O tratamento mais realizado é por meio de quimioterapia, uma soma de medicações que podem ser ingeridas oralmente, via xarope ou comprimido, por meio de injeção ou via intravenosa. Em alguns casos específicos, se usa a radioterapia, auxílio de cirurgia e o transplante de medula óssea”, informa.

Anemia: dieta equilibrada pode prevenir

O alerta para a anemia também é um dos temas do “Junho Laranja”. Segundo a professora Rosana, existem inúmeras causas para o desenvolvimento da anemia. “Pode ser ocasionada por doenças da medula óssea que comprometem a produção dos glóbulos vermelhos, sendo uma delas as leucemias. Também pode ser causada por deficiência de nutrientes essenciais para produção de glóbulos vermelhos, como ferro e vitamina B12, além de zinco e proteínas”, revela. Segundo a professora, os sintomas variam, mas os recorrentes são: cansaço, palidez, palpitações, sonolência, formigamento nas mãos e nos pés, falta de apetite e alteração do paladar.

“Em crianças, a anemia está associada ao retardo do crescimento, comprometimento da capacidade de aprendizagem (desenvolvimento cognitivo), da coordenação motora e da linguagem; efeitos comportamentais, como a falta de atenção e fadiga”, aponta Ana. As anemias mais comuns têm cura, mas, se não tratada, segundo a hematologista, podem levar ao óbito. “As causas mais comuns de anemia podem ser prevenidas com uma dieta equilibrada em nutrientes e com acompanhamento médico regular”, finaliza.

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