No dia 25 de setembro, celebra-se em todo o mundo o Dia Internacional do Farmacêutico. A data não é apenas simbólica: ela reconhece o trabalho incansável de profissionais que unem ciência e humanidade em prol da vida. Do balcão de uma farmácia comunitária às bancadas de pesquisa de grandes laboratórios, da gestão hospitalar à indústria de medicamentos, da farmácia clínica às análises toxicológicas, o farmacêutico é um elo essencial no cuidado com a saúde e no desenvolvimento científico.
Ao longo dos séculos, a profissão farmacêutica evoluiu de forma surpreendente. De antigos boticários que manipulavam ervas e preparações artesanais até pesquisadores que hoje lidam com nanotecnologia, farmacogenômica e terapias avançadas, a trajetória mostra uma ciência em constante transformação. E, nesse cenário, o Brasil tem se destacado pela valorização da formação acadêmica, da pesquisa e da presença desse profissional em múltiplas frentes de atuação.
No Centro Universitário Florence, a Farmácia ganha espaço privilegiado. O curso se tornou referência ao oferecer não apenas uma base teórica sólida, mas também uma estrutura laboratorial de ponta, com ambientes modernos, equipamentos de alta precisão e práticas que aproximam o estudante da realidade profissional desde os primeiros períodos. Além disso, o Florence aposta em uma formação humanizada, que prepara o farmacêutico para lidar com pacientes, comunidades e desafios éticos.
Para marcar a data, conversamos com três vozes importantes dentro do curso de Farmácia do Florence: o professor José Antônio, Mestre e coordenador do curso; o professor Luiz Fernando Ramos, que une experiência acadêmica e prática para inspirar alunos; e o professor Luís Henrique, que representa a nova geração docente com olhar voltado para o futuro da profissão.
Entrevista com o Professor José Antônio, Coordenador do Curso de Farmácia

- Coordenador, o Dia Internacional do Farmacêutico celebra uma profissão que abraça inúmeras áreas. Como o senhor avalia a importância desse profissional no contexto atual da saúde brasileira e mundial?
- O Dia Internacional do Farmacêutico nos lembra a relevância de uma profissão que vai muito além do medicamento, tanto no Brasil como no mundo, o profissional Farmacêutico desempenha um papel central na promoção da saúde, prevenção de doenças e garantia da segurança no uso de medicamentos.
- O curso de Farmácia do Centro Universitário Florence é reconhecido pela forte integração entre teoria e prática. De que forma a estrutura acadêmica e laboratorial da instituição contribui para formar farmacêuticos prontos para os desafios do mercado?
- O curso de Farmácia do Centro Universitário Florence se destaca por promover uma sólida integração entre teoria e prática, essencial para formação de profissionais preparados para os desafios do mercado de trabalho. Nossa infraestrutura acadêmica e laboratorial é moderna e diversificada, o que permite o aluno aplicar os conceitos aprendidos em sala de aula em situações práticas, desenvolvendo habilidades técnicas, raciocínio crítico e postura profissional. Além disso, promovemos atividades de extensão e estágios supervisionados que aproximam o aluno da realidade do Farmacêutico.
- A formação em Farmácia exige tanto rigor científico quanto sensibilidade humana. Como o Florence trabalha esse equilíbrio para preparar profissionais que sejam não apenas técnicos, mas também agentes de transformação social?
- No Centro Universitário Florence, entendemos que a formação do Farmacêutico vai além do conhecimento técnico e científico. Buscamos desenvolver profissionais que possuam sensibilidade humana e responsabilidade social, para isso integramos disciplinas teóricas e práticas com atividades de extensão que possibilita que os alunos vivenciem situações reais de cuidado à saúde, interações com pacientes e comunidade. Tendo o aluno como agente transformador.
- Qual é o maior legado que o senhor acredita que o curso de Farmácia do Florence pode deixar para a sociedade através da formação dos seus profissionais?
- O maior legado para a sociedade maranhense é formar profissionais Farmacêuticos completos, capazes de unir excelência técnica, ética e compromisso social. Nosso objetivo é preparar farmacêuticos que não apenas compreendam a fundo o medicamento e o tratamento, mas que também atuem de forma responsável na promoção da saúde, prevenção de doenças e melhoria da qualidade de vida das pessoas. Ao contribuir para a formação de profissionais preparados para os desafios do mercado e da saúde pública, o Florence deixa como legado uma geração de Farmacêuticos engajados, inovadores e comprometidos com o bem-estar da comunidade.
Entrevista com o Professor Luiz Fernando Ramos

- Professor, ao longo da sua experiência, quais mudanças mais significativas o senhor percebeu no papel do farmacêutico na sociedade e quais tendências apontam para o futuro da profissão?
- Bom, a profissão farmacêutica é milenar e, durante todo este período, ela tem sido citada, inclusive, na Bíblia; o livro Eclesiástico faz referência à profissão do farmacêutico (Eclesiástico 38). Ao longo do tempo, a profissão farmacêutica vem sofrendo transformações, mas, nos últimos 5 a 7 anos mais ou menos, passamos por uma mudança muito impactante: a transformação do farmacêutico clínico, aquele que entende do cuidado com o paciente, e não apenas do medicamento. Hoje, além do medicamento, temos a possibilidade de cuidar das pessoas, o que para nós é extremamente importante, pois abre uma imensa gama de oportunidades e de trabalho.
- Em sala de aula e nos laboratórios, os alunos vivenciam momentos de descobertas que podem marcar suas trajetórias. O senhor poderia compartilhar um exemplo de situação acadêmica em que percebeu claramente o despertar da vocação em seus estudantes?
- Bom, as atividades práticas são essenciais dentro de qualquer profissão da área da saúde, mas, em especial, da Farmácia, porque, a partir do segundo ou terceiro período, os alunos vivenciam de forma intensa a prática da profissão. Isso é essencial, pois começa a despertar, nas mais de 150 áreas de atuação que temos, a vontade e a vocação dos farmacêuticos. Muitos ingressam no curso pensando apenas na farmácia drogaria, mas, a partir do momento em que começam a vivenciar disciplinas como farmacotécnica, análises clínicas e o trabalho com práticas interativas, passam a conhecer outras áreas de atuação que, até então, desconheciam. Isso é importante, e, graças ao potencial que uma aula prática oferece ao aluno, ele começa a compreender a grandiosidade da profissão que escolheu.
- O farmacêutico é muitas vezes o profissional mais próximo da população, seja em farmácias comunitárias ou em serviços hospitalares. Como o senhor enxerga essa relação direta com a comunidade e a responsabilidade que ela carrega?
- Bom, o farmacêutico talvez seja o profissional mais próximo que a população possua, e, neste momento em que fazemos a alusão de que ele tem a possibilidade de vivenciar mais de perto o processo do desequilíbrio saúde-doença, sabendo que pode e deve auxiliar essa população com todo o seu conhecimento, ele, sem dúvida alguma, é o profissional que estará ali acolhendo essa população e garantindo que dela possamos ter respeito, dignidade e a valorização que o profissional merece.
- Se o senhor pudesse resumir em uma única palavra o sentido de ser farmacêutico e formar novos profissionais, qual seria essa palavra e por que ela traduz tão bem essa missão?
- Eu não sei se existe uma palavra, mas talvez seja “amor por servir”, e isso advém muito daquilo que nós abdicamos para poder estar dentro de hospitais, laboratórios ou farmácias. A pandemia serviu para mostrar a importância que esses farmacêuticos têm, não apenas no processo saúde-doença, em que o paciente procura a farmácia e dali recebe acompanhamento, mas principalmente porque ele tem a possibilidade de buscar esse profissional que ama servir, que se dedica e tem em sua consciência que sua função, seu lema, é semelhante ao de um soldado: um serve à pátria, e outro serve à humanidade.
Entrevista com o Professor Luís Henrique

- Professor, a profissão farmacêutica reúne múltiplas áreas de atuação, desde análises clínicas até indústria farmacêutica. Qual dessas áreas o senhor acredita que terá maior destaque nos próximos anos e por quê?
- No meu entendimento, a área da Farmácia que mais se destacará nos próximos anos será a de Análises Clínicas, devido ao grande investimento que vem sendo empregado em pesquisas para tornar os setores cada vez mais automatizados, diminuindo o tempo de resposta das análises e trazendo, de fato, um impacto positivo no diagnóstico, acompanhamento e tratamento das patologias. Dentre esses setores, merecem destaque a Microbiologia e a Biologia Molecular. No que diz respeito à primeira, podemos citar a elucidação de novos genes de resistência responsáveis pelo agravamento das infecções causadas por micro-organismos multirresistentes, gerando um cenário sombrio e um prognóstico reservado para várias patologias. A rápida identificação desses micro-organismos, bem como de seu perfil de susceptibilidade frente aos antimicrobianos, já é uma realidade em nossa rotina laboral. Isso otimiza o tempo de internação e seus custos, mas, sobretudo, preserva o paciente do risco de adquirir uma infecção nosocomial, que pode trazer um desfecho desfavorável. Por outro lado, os testes rápidos moleculares já nos permitem, com segurança e de forma precoce, contribuir de maneira efetiva com a equipe multidisciplinar de saúde na condução dos tratamentos, que, em muitas situações, poderão ser personalizados, agregando uma série de benefícios inerentes ao restabelecimento rápido e efetivo da saúde do paciente.
- O Centro Universitário Florence tem investido em laboratórios modernos e práticas inovadoras de ensino. Como o senhor avalia o impacto desse investimento na formação dos futuros farmacêuticos?
- O Centro Universitário Florence sempre foi protagonista e sempre esteve à frente no que diz respeito à implementação de práticas inovadoras de ensino, aliando teoria e prática em ambientes de laboratórios modernos voltados para a capacitação de nossos discentes. Todos os esforços são direcionados para que os nossos discentes possam vivenciar de fato todas as demandas que são solicitadas para o seu crescimento profissional, situação que pode ser perfeitamente perceptível pela alta empregabilidade do curso de Farmácia. Nossos egressos têm sido destaque nas mais diversas especialidades do curso, tanto a nível local quanto nacional. Isso nos traz tranquilidade e um grande convencimento de que estamos trilhando por caminhos assertivos. Temos a certeza também de que todo o nosso investimento, que não medimos esforços para implementá-lo, tem garantido a nossos egressos aprovação em concursos públicos e engajamento destacado na equipe multidisciplinar de saúde pela sua competência, criticidade e senso de liderança.
- Olhando para o futuro da profissão e para as novas gerações que estão se formando, qual é o sonho que o senhor carrega para a Farmácia no Brasil e no mundo?
- O meu sonho passa primeiramente pela valorização do profissional. Sem valorização não há motivação, e sem motivação há prevaricação da assistência farmacêutica de forma integral. Que a pesquisa tenha cada vez mais incentivo e investimentos para que possamos descobrir tratamentos e curas para diversas patologias, e que todos possam ter acesso de forma irrestrita a todos os serviços de saúde. Que a indústria farmacêutica no Brasil e no mundo tenha o entendimento da necessidade urgente de sintetizarmos novos medicamentos que sejam efetivos contra os micro-organismos multirresistentes, que já assolam os hospitais por este mundo afora, ceifando a vida de muitos e nos deixando impotentes diante de tais infecções, podendo configurar, a curto prazo, o panorama de uma nova pandemia: a pandemia das bactérias multirresistentes. Que Deus não permita tal acontecimento, que já dizimou milhões de vidas por todos os continentes. Que possamos investir cada vez mais na medicina preventiva em detrimento da medicina apenas curativa, e que todos os pacientes tenham um tratamento mais personalizado e humanizado no que tange às suas doenças crônicas. Que as políticas públicas de saúde sejam vistas como prioridade de Estado, e que o farmacêutico tenha seu espaço garantido na viabilidade e execução dessas políticas. Enfim, que o ser humano tenha sua dignidade respeitada!
- Por fim, neste Dia Internacional do Farmacêutico, qual mensagem o senhor deixaria para os acadêmicos que estão trilhando esse caminho e para os profissionais que já atuam na área?
- Minha mensagem é a seguinte: procurem encontrar prazer na rotina diária que vocês escolheram ou escolherão. Tenham a certeza de que somos imprescindíveis; somos indispensáveis na equipe multidisciplinar de saúde, e precisamos ter este entendimento, cada vez mais investindo na capacitação permanente de nossas ações. As demandas são muitas e diversas! Nunca deixem de estudar. A ciência é dinâmica! Ela se aperfeiçoa com uma velocidade enorme e precisamos acompanhar suas atualizações. Por fim, sejam éticos e companheiros de todos no ambiente de trabalho. Sejam, acima de tudo, humildes no exercício profissional e em suas relações sociais. Nunca sejam indiferentes ou insensíveis às dores e angústias daqueles que os procurarem, mas sejam o “bálsamo” para suas inquietações. Procurem exercitar a capacidade de escuta e acolhimento. Isso depende unicamente de nós. Ter bom senso e empatia são pilares da assistência farmacêutica. Façam a diferença na vida daqueles que precisam e merecem a nossa atenção. SEJAM FARMACÊUTICOS NO SENTIDO MAIS LITERAL DA PALAVRA!
O impacto da formação no Florence
O curso de Farmácia do Centro Universitário Florence vai além da sala de aula tradicional. São laboratórios dedicados às áreas de análises clínicas, farmacotécnica, microbiologia, parasitologia, controle de qualidade, química e farmacognosia, que permitem aos estudantes vivenciar desde cedo a rotina de experimentos, análises e manipulações. Essa prática, aliada à orientação próxima dos professores, forma farmacêuticos com domínio técnico e senso crítico.
Outro diferencial é a inserção do acadêmico em projetos de extensão, iniciação científica e monitorias, que estimulam a pesquisa e a atuação comunitária. O estudante não apenas aprende, mas aplica o conhecimento para impactar a sociedade. Em tempos de pandemias, emergências sanitárias e avanços tecnológicos, essa postura mostra-se essencial.
Uma profissão em constante reinvenção
Celebrar o Dia Internacional do Farmacêutico é também refletir sobre os desafios e oportunidades que a profissão enfrenta. A chegada da inteligência artificial, a expansão da farmácia clínica, o crescimento da biotecnologia e a valorização da atenção farmacêutica personalizada são exemplos de áreas em ascensão. O farmacêutico do futuro não será apenas um dispensador de medicamentos, mas um gestor do cuidado, um educador em saúde e um agente de inovação.
Nesse cenário, instituições como o Centro Universitário Florence assumem papel decisivo: formar profissionais que acompanhem a evolução do conhecimento, sem perder de vista a essência humanitária da profissão.
Formando farmacêuticos para transformar o futuro da saúde
Neste Dia Internacional do Farmacêutico, o Centro Universitário Florence reafirma seu compromisso com a excelência na formação acadêmica e profissional, celebrando uma carreira que alia ciência, inovação e cuidado com a vida. A data é uma oportunidade de valorizar não apenas a trajetória histórica da profissão, mas também o papel transformador que o farmacêutico desempenha em diferentes áreas da saúde, da pesquisa à assistência direta à população. Mais do que lembrar a importância desse profissional, o Florence reconhece sua missão de preparar futuros farmacêuticos que sejam referência em competência técnica, ética e humanidade, prontos para enfrentar os desafios de um mundo em constante evolução.