Data incentiva meninas e mulheres a seguirem carreiras na Ciência

Data incentiva meninas e mulheres a seguirem carreiras na Ciência

Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência foi estabelecido pela ONU e pela UNESCO
Biomedicina | 10/02/2022
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Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), menos de 30% dos pesquisadores do mundo são mulheres. Para incentivar que mais meninas e mulheres enfrentem os preconceitos e sigam carreira no campo da pesquisa em áreas estratégicas para o desenvolvimento da humanidade, como Saúde e Tecnologia, o dia 11 de fevereiro foi escolhido para celebrar o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência.

De acordo com a coordenadora do curso de Biomedicina da Faculdade Florence, Paula Moiana, as mulheres desempenham papéis fundamentais na sociedade, que vão muito além de ser mãe ou esposa, elas também têm plena capacidade para estudar, aprender e pesquisar. No entanto, a professora ressalta que os incentivos recebidos pelas mulheres para atuar no campo científico nem sempre são iguais aos dos homens.

“Apesar de, indubitavelmente, as mulheres terem conquistado muito espaço nestas últimas décadas, é preciso perceber que segundo dados da UNESCO,  apenas cerca 30% dos cientistas do mundo são mulheres. Este quadro vem mudando. Mas, veja que, mesmo sendo maioria entre doutores, as mulheres ainda são menos publicadas. Apenas 33% do total de bolsistas de Produtividade em Pesquisa do CNPq é do sexo feminino. Além disso, ainda há uma baixa representatividade feminina na área acadêmica, principalmente em cargos de maior influência”, afirma a profa. Paula Moiana.

A docente ainda explica os motivos desta desigualdade entre homens e mulheres no campo científico. “As razões são diversas, nas várias partes do mundo, de acordo com a cultura de cada local. No Brasil, atribui-se estes fatores a, além da idéia de que as menina têm de serem menos propensas a carreiras como a de cientista, gerando dúvidas sobre suas capacidades intelectual e profissional, ainda há a questão da dificuldade na busca de equilíbrio entre a carreira e a vida pessoal, que interfere na produtividade de publicações e no avanço das mulheres na carreira”, explica.

Para a docente, embora a introdução das mulheres na área da pesquisa e no ensino universitário ainda seja muito recente em comparação aos homens, já se foi dado o “primeiro passo” para uma relação mais igualitária no campo da Ciência.

“As mulheres precisam ter as mesmas oportunidades de inserção profissional que os homens. Não importa se na ciência, na engenharia, administração ou em qualquer outro campo. Entretanto, chama a atenção o fato de que as mulheres eram minoria na ciência há até 10 anos atrás. E com o progresso da educação mais igualitária, essa participação hoje chega a 54% no Brasil de mulheres doutoras e 53% nos EUA, segundo a Unesco. Ainda segundo dados da Unesco, de 1996 a 2000, 38% das publicações científicas eram de mulheres no Brasil. Entre 2011 e 2015, 49% das publicações científicas brasileiras tiveram, como primeira autoria, pesquisadoras. Isso mostra que as nossas mulheres têm, sim, talento e aderência à pesquisa”, observa Paula Moiana.

Mulheres Cientistas

A professora Paula Moiana comenta que temos muitas mulheres cientistas brasileiras de grande importância e destaque. Ela cita alguns nomes, a exemplo de:

  • Mayana Zatz – Geneticista de renome mundial, sua pesquisa tem como foco principal as doenças neuromusculares
  • Johanna Döbereiner – Pesquisadora da área de agromicrobiologia, foi dos poucos brasileiros a ter o nome presente na lista de indicações do Prêmio Nobel.
  •  Marilda Sotomayor – Matemática que pesquisa teoria dos jogos, dentre outras honrarias. No Brasil, recebeu a medalha de honra ao mérito da Ordem dos Economistas do Brasil e foi recentemente eleita membro titular da Academia Brasileira de Ciências.
  • Adriane Ribeiro Rosa – Sua linha de pesquisa principal é o estudo da fisiopatologia dos transtornos mentais, cognição, funcionalidade e desenvolvimento de novos alvos terapêuticos. Possui mais de 70 artigos científicos publicados em revistas internacionais e nacionais de alto impacto e alguns capítulos de livros na área do transtorno bipolar. Em 2010, foi ganhadora do prêmio Samuel Gershon for Young Investigators concedido pela ISBD e recentemente (2013) laureada com o prêmio para mulheres na ciência concedido pela L’Oréal, Academia Brasileira de Ciências e UNESCO.
  • Jaqueline Goes – Biomédica baiana de Salvador, pós-doutoranda da Faculdade de Medicina da USP, coordenou os primeiros sequenciamentos genéticos do novo coronavírus no Brasil. 
  • Georgia Sampaio – Ela criou um projeto para tornar o diagnóstico de endometriose mais rápido e barato. O estudo foi reconhecido pela Harvard Social Innovation e levou a então estudante a ser aceita em nove importantes universidades estrangeiras.
  • Patrícia de Medeiros  – As plantas alimentícias não convencionais podem crescer espontaneamente e ter alto valor nutricional – o que faz delas novas aliadas no combate à fome. É para a inclusão de tais espécies no prato dos brasileiros que trabalha a recifense, etnobotânica e atual ganhadora do prêmio global Para Mulheres na Ciência, promovido pela Fundação L’Oréal em parceria com a Unesco.

Faculdade Florence incentiva a pesquisa e valoriza a Ciência

A Florence entende que, assim como a educação, a Ciência e a pesquisa são fundamentais no desenvolvimento da nossa sociedade e na garantia de um mundo melhor para as futuras gerações. Por isso, busca fomentar o conhecimento científico por meio dos cursos da Instituição, de eventos, de projetos de pesquisa e da Florence em Revista, Qualis B5, periódico produzido pela Coordenação de Pesquisa, Iniciação Científica e do Comitê de Ética em Pesquisa da Florence.

“A Florence possui cursos de graduação nas principais áreas das ciências humanas e da saúde. A maioria dos alunos do Florence é composta por meninas. Entre as coordenações de curso, temos a maioria de mulheres. A maioria dos professores são mulheres. A pessoa responsável pela pesquisa e extensão no Florence é uma mulher. A direção geral e a mantenedora são representados por uma mulher. A maioria dos setores é comandado por mulheres: marketing, financeiro, secretaria, pós graduação, CAP. A Florence respira ciência. E é extremamente inclusivo em suas políticas, não permitindo qualquer tipo de discriminação, seja de gênero, raça, sexualidade, capacidade física, etc. Aqui, a cultura institucionalizada é de apoio à diversidade, instrumentalização do mérito e discurso coerente de igualdade. Se todas as instituições se instrumentalizassem como a Florence, as mulheres certamente seriam maioria absoluta no campo da ciência”, afirma profa.  Paula Moiana

O futuro da Saúde, segundo a docente, está nas mãos dos pesquisadores. Para isso, ela avalia que as mulheres precisam estar cada vez mais inseridas na pesquisa, na docência e na Ciência.

“A graduação já é um grande passo para qualquer pesquisador. Todos os cursos da Florence já possibilitam a ocupação de cargos nas áreas da Ciência e da Tecnologia. O grupo de professores da Instituição se preocupa muito com a formação e o aperfeiçoamento dos seus alunos. Buscamos, constantemente, discutir isso com eles”, acrescenta a professora.

Estude Biomedicina na Florence!

Na Florence, os alunos contam com uma estrutura que proporciona uma graduação em Biomedicina nos mais altos níveis. Além de uma matriz atualizada, que é destaque no mercado do Maranhão e oferta disciplinas exclusivas, a Instituição dispõe de 8 laboratórios multiprofissionais completamente equipados.

O curso, que tem uma gama de mais de 30 áreas de atuação no mercado de trabalho, proporciona aos alunos o início de uma experiência profissional já dentro da Academia, por meio de projetos de pesquisa e ligas acadêmicas.

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